ensaio;


Já tem um certo tempo, moço, em que esse escrito é um ensaio sobre você. Um rascunho. Uma palavra. Um sentimento. Mais uma vez, um traço que se delineava em mim pra depois ser borrão...

Mas, eu estava enganada, moço. Dessas linhas tortuosas que esboçavam nossos planos, nada impediria o nosso Encontro. E você provou grafando no meu cerne o que, por algum tempo, eu duvidava da minha própria intuição. Não era, nem é ficção. Tampouco conto ou imaginação. Porque, quando confiaram a mim a sua anunciação, essa crendice toda se tornou minha principal oração. 

Assim mesmo, das mãos, prece. Dos lábios, bendição. 

E o medo que residia em mim de viver e ser história, me rendeu a alegria de fazê-lo personagem dessa brincadeira de rimar e construir memórias. Para, finalmente, eu criar coragem e te rasbicar, moço. Pr'eu te bordar e guardar nos meus bordejos e para te mostrar o quão bonito é te tecer no coração.

Porque desse roteiro que já conhece, às vezes, fico devaneando... Da mesma forma que esperei para você vir. Agora, só queria que você se demorasse por aqui e em mim. Mesmo com esse (nosso) receio tolo, vezenquando, vem aquele pedido ressoando: fica e deixa a gente se descobrir, moço. Sua chegada me desarmou e me fez entender que tantos ensaios me levavam a um só rumo para me fazer sorrir.

Você!, 

Que estava tão perto e passava tão desapercebido por mim, ressignificou o Amor e passou a ser sinônimo de leveza e sentimentos bons. Sorriso frouxo, fala mansa ao prosear e abraço apertado para ser meu lar. 

E, desde então, com você me envolvendo, me sinto paz. Transbordo com sua presença e vou permitindo na brevidade dos instantes a transformar os laços em nós.

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