A semente e a flor;



Não lembro bem, mas foi entre o terceiro ou quarto encontro que eu disse a você que havia parado de escrever, porque os meus textos me traziam uma melancolia, um quê de sofrer que me desagradava. Assim mesmo, nesses termos. Mas, eu estava enganada, moço. As palavras me lembraram que elas são extensão do meu sentir. E, do pouco que você passou por aqui, eu voltei a aprender mais sobre mim, ou melhor, sobre o Amor que tanto quero exprimir.

Inclusive, há alguns dias, falei que por Sentir não existia culpados e percebi a grandeza desse fato. Se a mim você chegou a fazer bem, não foi o fim da existência de laços que me faria semear a mágoa pelo que sinto. Parece conversa para boi dormir, mas, a partir daí, um caminho de Sabedoria me foi concedido. 

Às vezes, parece que o Universo me mandou à Terra com dois corações e me faz ser assim... Intensa. Quando quero, quero demais. Gosto e me doo demais. Porém, me recordo que também sou razão e, de alguma maneira, todo aprendizado vem em forma de oração. Aí eu escrevo como quem reorganiza as prateleiras do coração. 

Hoje, escrevo mais uma vez sobre o gostar e o sentir, porque, como diz o Sri Prem Baba, a compreensão é a semente e o perdão é a flor. E, agora, consigo podar meus excessos. Pôr à Luz e regar meus sentimentos raízes. Me perdoar. Para, enfim, não mais renegar a tua bondade e paciência, porque a vida mais uma vez me ensinou a acolher com amor os meus vazios e minhas querências que continuarão a coexistir em mim. A respeitar as distâncias e me responsabilizar por tudo o que semeei em ti. 

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