Cuidado com o que desejas!


Foto por Djore
Provérbio, presságio, maldição ou bênção… Entenda como quiser, mas essa frase tem lá seu porquê e nunca tive dúvida. Até que, um dia, desejei tanto um determinado acontecimento que, quando ele de fato aconteceu, não era exatamente o que eu queria. Ou melhor falando: ele ocorreu da forma que melhor lhe convinha na minha vida, já que não desenhei ao Universo os seus pormenores. 

Em outras palavras: no mínimo engraçado para não dizer trágico. 

Para você entender, deixa eu contar desde o começo (óbvio!). No ano passado, cheguei a contar por aqui que estava numa labuta danada para ser produtiva, dar um norte à minha vida profissional e conseguir o meu primeiro emprego. Recém-formada, tudo o que eu mais queria era poder ter minha independência, principalmente a financeira. 

Em julho, tive a felicidade de ser chamada a uma entrevista que acabou vingando. Ali entrei com muitos sonhos, tanto profissionais como pessoais. E tinha certeza que muitos deles se realizariam, incluindo aqueles juntos com meu companheiro. 

Por conta dessa oportunidade conseguimos juntar nossas escovas de dente (ai que brega!), mobiliamos nosso apartamento, enfrentamos os primeiros perrengues de uma vida a dois, nos demos algumas liberdades e viajamos com os amigos. Enfim, nos permitimos vivenciar aquilo que queríamos. Realizações conjugais à parte, nesse tempo todo, tudo o que experienciava profissionalmente, o meu coração já indicava uma direção que eu custava a dar ouvidos. 

Você já teve essa sensação? De saber que, talvez, a vida estivesse te colocando numa rota de fuga, onde você se distanciava cada vez mais de si mesmo? Então… Era assim que me sentia. 

Apesar de certa segurança que esse lugar me proporcionava, não era ali que meu coração se alegrava. Depois que a escrita se tornou uma escrava diária, as palavras já não possuíam o mesmo encanto e daí que a redação saía de forma automática e um tanto quanto desapaixonada. Na prática, eu já sabia que o jornalismo há muito já havia perdido a sua beleza.

Eu precisava fazer algo por mim e para movimentar essa energia, em maio desse ano, resolvi me jogar num curso de Thetahealing, uma terapia alternativa que possibilita a reprogramação de crenças, sentimentos e emoções limitantes. Aí você deve estar pensando: “ih, lá vem ela com esse papo motivacional...”. Sim (e não!), porque isso é sobre como a mudança realmente só depende da nossa livre e espontânea decisão. 

Haviam dias que olhava minha situação e sequer tinha forças para me mover. Se eu precisasse levantar, tomar café, ver um pouco de série, tomar banho, trabalhar e pós-trabalho não fazer mais nada, tudo bem. Era isso que faria sem nenhum problema. O desconforto já me era cômodo. Somos treinados para agir assim, não é mesmo? 

N Ã O! 

Os outros são os outros e eu podia querer algo diferente para mim. Foi isso que o Thetahealing me mostrou. Essa técnica não só me ajudou a potencializar todo um processo de autoconhecimento, como também foi um grande divisor de águas na minha vida. De um lado minha formação, do outro, o meu coração. Afinal de contas, o que ou quem eu deveria seguir? 

Na dúvida, resolvi manifestar ao Universo que, se fosse para o bem maior, em agosto ainda desse ano eu atenderia exclusivamente como thetahealer. Não só manifestava como também compartilhava com as pessoas mais próximas que esse era o meu plano. “Em agosto, hein...”, dizia com orgulho. 

E aí que afirmo: cuidado com o que desejas! 

Inesperadamente, há poucos dias de agosto terminar, meu chefe me chamou para uma reunião e me falou sem muitos rodeios que estava me dispensando, porque a situação não era propícia para me manter na empresa. Vocês imaginam o meu susto? 

Na hora, fiquei atônita. Passei o dia e a semana muito desorientada. Mas tudo tinha um porquê: o que eu manifestei estava acontecendo. Acredito que ainda não consiga enxergar a sua perfeita harmonia na minha trajetória, porém confio que tudo é para um bem maior. Porque se não fosse esse empurrãozinho que a vida me deu, eu não estaria me dedicando 100% àquilo que acredito. 

Mas, se quer uma dica: manifeste com responsabilidade! Porque sim, somos cocriadores de tudo o que acontece em nossa vida. 
Quer conhecer o meu trabalho? É só seguir lá no Instagram: @asalazen.

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