Motiv(ação)


Metas, agendas, planners e to-do lists, tudo taggeado e devidamente organizado em dias e horários que devem ser cumpridos. Mas, falta algo... E o pior, falta o principal: motivação. Quem nunca se pegou nesse dilema? Nesse ano em que tudo se mostrou novo, fiquei perdida-perdidinha com minha nova rotina. Ou, melhor dizendo, com a ausência de rotina. 

Recém-formada e desempregada, tudo o que mais queria era me dar umas férias e torcer para voltar logo ao batente. Porém, a realidade já me derrubou com os dois pés numa super voadora como quem diz: "tu tá pensando que é quem, menina?". Lidar com essa nova condição é extremamente desestruturador. O dinheiro dá tchau, as contas batem à porta e a mãe cobra até pela sua saidinha ali com o boy. É dureza! 

Contudo, você tem que adotar a postura de "agora sou adulto, p#$%@!", mesmo que no fundo do profundo do seu ser só queira ficar mais uns diazinhos de férias forçadas até a hora de arregaçar as mangas, labutar e levar um susto. Cadê ela, a maldita motivação? Neste exato momento, estou achando que ela está rindo de mim, dizendo: "foi passear, perdeu o lugar, bonitinha!".

É triste? Muito! Dá vontade de desistir? Com certeza! Apesar de saber que devo iniciar pelos lugares mais óbvios, o começo parece distante e amedrontador. E quem não se sente assim? Entretanto tenho aproveitado esse hiatus da vida profissional para me autoconhecer melhor. Tanto que me deparei com o canal da Gisela Vallin. Uma vlogueira fofíssima que é terapeuta e dá altas dicas sobre comportamento e desenvolvimento pessoal. 

Foi no canal da Gisela que levei a maior tapa (ou as maiores tapas como queira, porque sim foram várias) da minha existência. Enquanto estava em busca de inspiração para dar continuidade às minhas atividades, ela me apareceu e disse num de seus vídeos
"A ação vem antes da motivação". 
E eu fiquei como? No chão, estatelada contemplando os meus vários nadas... (Pausa para respirar.)

Isso fez tanto sentido para mim! Me fez perceber o quanto a gente adota essa postura de que algo externo deve nos motivar para que possamos agir, simplesmente, nos fazendo transferir nossas responsabilidades a terceiros. Quantas vezes eu fiz (nós fazemos) isso? Agora, segura esse forninho! 

Quantas vezes você desejou algo, mas desistiu antes mesmo de tentar porque, aparentemente, ninguém estava te ajudando ou não iria te ajudar? 

Quantas vezes você deixou de começar a fazer aquela reeducação alimentar porque sua família ou seu namorado não te apoiava? 

Quantas vezes você deixou de realizar seus sonhos porque era muito difícil conseguir apoio financeiro? 

Coloque aqui algo que você deseja e se pergunte verdadeiramente: eu quero realmente isso para minha vida? O que me impede? 

Não se engane e não transfira a culpa para os outros. É muito fácil cairmos nessa fuga. Então, responsabilize-se pelos seus objetivos! Entrar, literalmente, em comunhão com suas metas é difícil, porém, ninguém o fará por você. 

Eu também estou aprendendo a colocar uma meta por vez e me forçando sim a cumprir uma obrigação por dia, porque se não for assim, quem vai fazer por mim?

Um comentário:

  1. Caiu como uma Luva...amei texto Babi, muita motivação para nós nesse ano que começou.

    Abraço!

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