"Amai ao próximo como a ti mesmo."
Será que você está preparado para amar? Você tem a sensação que sempre se doa mais do que o outro? Após não ter seu amor correspondido, até se chama de "trouxa"? Quantas vezes você se sente culpado por vivenciar esse tipo de relação? Pare de viver no auto-engano! Você não é trouxa. Ser sensível e chorar por perdas não é sinônimo de fraqueza. Amiudar e sufocar seus sentimentos e o que é verdadeiramente perante os outros só lhe torna refém de situações semelhantes, que sempre voltam a se repetir. Por isso, libertar-se da culpa é dar uma brecha para o auto-amor. Então, vem que hoje tem outro textão!
Nesse último fim de semana, estive em um workshop chamado "Heart Dance", desenvolvido pela querida Tati Matsuo, que tem como princípio desbloquear traumas e liberar dores físicas e emocionais por meio da dança. Quem me conhece sabe que a dança é um dos meus hobbies favoritos. E essa oportunidade, particularmente, foi essencial para me ajudar a compreender mais ainda algumas questões que já vinha trabalhando e buscando por respostas. Dentre elas: o auto-amor.
No entanto, para entender essa problemática foi preciso ir mais fundo, como reabitar a minha incurada criança interior. Dar voz à ela permitiu que eu avaliasse as vivências que sucederam ao longo desses anos. Por exemplo: fui uma criança muito tímida, calada e, de memória, consigo afirmar que muito apegada à minha mãe. Já na adolescência, me sentia um peixinho fora d'água. Tive poucas amigas e quando cheguei à época dos "namoradinhos", vivenciei descobertas e experiências traumáticas. Hoje, com mais discernimento, posso identificá-las como abusivas. Me sentia inadequada no meu próprio corpo e para me auto-afirmar, me convencia a aceitar algumas situações que visivelmente me feriam. Nem preciso dizer que durante essa fase minha relação com meus pais também não era das melhores... O silêncio imperava e eu não tinha abertura para muita conversa, por mais que eles forçassem com uma cobrança autoritária.
Da adolescência a esse início de juventude, apelidos, chacotas e humilhações em vários campos da minha vida somatizavam dores emocionais que me destruíram, mas também me mostraram o quanto eu tinha vontade de Ser e fazer diferente. E o que sobrou da minha autoestima nesse tempo? Apenas eu! Assim mesmo, bem crua e nua.
Enquanto me desnudaram com palavras e gestos, reuni cada momento e aprendi a me autoconhecer. Porém, para isso, tive que rememorar e reavivar todas essas pequenas agruras que me prenderam no tempo. E posso afirmar como uma ferida ainda a cicatrizar: doeu e ainda dói. Porque elas estavam se alimentando de mim. E a cada dia que me recusava a me dar ao sofrimento, era uma dose a mais de Amor a mim. Era isso que as enfraquecia: aceitar os fatos como eles ocorreram, era e é dar paz ao que me tornei e ao que sou.
Por mais árduo que fosse e é, praticar todos os dias o auto-perdão pelos eventos em que tive ação direta e, principalmente, aos que eu não poderia mudar, transformaram a percepção que tinha de mim. Afinal, como querer ser amada, se eu não me amava, apesar de todas as minhas histórias?
Por mais que o mundo grite conosco sobre nossos erros e defeitos, é responsabilidade individual refletir sobre isso. Aceitar, entregar, perdoar e agradecer é uma busca íntima para se refazer. Talvez com algumas dores, e ainda assim, como um processo necessário de auto-cura, porque não há mal nenhum em se nutrir de si mesmo para se reafirmar como pessoa digna de respeito e de todo amor que o Universo se propõe a dar.
A verdade é que somos forças potencializadoras para o bem ou para o mal. Porém, basta a cada um despertar aquilo que quer reverberar e Ser. Você deseja cultivar bons hábitos para o auto-amor? Então, siga essas três dicas:
1. Sintonize-se com o seu coração. As pessoas deixam de agir de forma amorosa, porque sentem-se bobas. No entanto, bobo mesmo é esconder-se através dos traumas e render-se cada vez mais uma sociedade fria, egoísta e maniqueísta. Pense, fale e aja respeitosa e naturalmente como o seu coração fluir.
2. Aceite como você é! Você já tentou se moldar a todos os rótulos e estereótipos? Já fez todos os tipos de dietas e exercícios mirabolantes para mudar seu corpo? Já realizou todos os procedimentos estéticos em busca uma satisfação pessoal? Desapegue! Se olhe no espelho e enfatize diariamente suas qualidades. Ame cada pedacinho do seu corpo e a história que ele construiu e transcenda o exterior.
3. Seja positivo. Não há nada mais chato do que estar perto de uma pessoa que vive se auto-agredindo ou vendo o lado negativo de tudo. Reveja suas palavras e atitudes logo que um pensamento ruim surgir sobre si ou de determinada situação. Sempre é possível tirar algum aprendizado de qualquer evento que provoque incômodo e desconforto.
Acredito na máxima de que tudo que vai, volta. Então, ame a si para ser amado!
Que texto mais amorzíneo, Babi! ♥
ResponderExcluiradorei as dicas no final e concordo plenamente com elas. Fazer aquilo que deixa seu coração feliz; fazer as pazes com o espelho e ser uma pessoa de agradável companhia ♥
Beijo beijo beijo.
Seja bem vinda de volta :)
Que lindeza!
ResponderExcluirEstava precisando ler isso!
Que bom que vc teve a oportunidade de fazer esse workshop e que bom que ele te despertou mais ainda para o auto-amor. Obrigada por compartilhar com a gente!
Um abraço,
http://ddcifrando.blogspot.com.br/