Como não se tornar um comprador de livros compulsivo

A blogsfera mudou, mas eu mudei também. Clichê né, principalmente para quem já tem seu lugar reservado por aqui. Eu vi diários virtuais desaparecerem e outros tantos duplicarem o número de visitas só por compartilhar textos e fatos do seu dia-a-dia. Bobagem para uns, mas distração tão importante para quem escreve e para quem lê. E, com isso, os gostos também foram mudando e os assuntos se diversificando, e o meio se tornando cada vez mais democrático. 

Até que, de dois ou três anos atrás, um novo fenômeno rondou pela blogsfera e, consequentemente, um segmento que prometia ruir, voltou à tona: o mundo fantástico dos livros. O gosto pela literatura se transformou em pauta principal para um nicho mais jovem e, porquê não, muito mais voraz. Em meio a sinopses, resenhas, parcerias e sorteios algo mais alarmante aconteceu, caso não só por se tratar da compulsão literária até admirada por alguns, mas sim da desenfreada vontade de comprar livros para ter e não para o imediato prazer em lê-los. 

Parece loucura, contudo é a verdade, porque eu também me vi assim. Uma colecionadora de livros que não se satisfazia com a estante cheia que tinha. E eis que precisei de um momento para parar e refletir quando eu quase apertava o botão de “adicionar item ao carrinho” ou “comprar” em mais uma promoção do Submarino.

1. Quão importante é esse livro para mim? O enredo realmente é interessante?

2. Se eu comprasse assim que chegasse à minha casa, eu o leria?

3. Eu iria comprar por que queria lê-lo ou por que queria tê-lo em minha estante?

4. Quantos livros da minha estante não foram lidos?

E assim passei a executar esse exercício sempre que a vontade de comprar um livro compulsivamente batia só porque uma promoção gritante surgia numa livraria. Foi super importante eu reparar nessas pequenas respostas para notar se o livro realmente me interessava ou não; se eu havia sido influenciada por amigas/ blogs ou não; se eu poderia adiar a compra, porque minha estante ainda tinha muitos livros a serem lidos. Isso não só serviu para poupar dinheiro, mas para eu não me tornar uma acumuladora de livros. 

Por isso, segue abaixo algumas dicas: 

1. Mantenha sua estante organizada, de maneira que os livros não lidos sempre fiquem juntos. Assim você pode visualizar se a pilha está grande ou não;

2. Use ferramentas como o Goodreads ou o Skoob também para se organizar;

3. A lista de não lidos está gigante? Faça o TBR Book Jar;

4. Sabe que não vai ler determinado livro? Desapegue-se! Doe, troque ou vende. Aprendi com o tempo que “livros que passam de mão em mão têm mais valor”;

5. Não quer deixar de comprar? Estipule comprar um (ou quantos você achar que são aceitáveis) livro por mês e mantenha uma meta literária por mês.

Meu nome é Bárbara e eu estava há 6 meses sem comprar nenhum livro. HAHA #RehabModeOn Aí um livro me tentou muito e comprei-o. É tão gostosa essa sensação de “eu quero logo lê-lo!”. Mas o que importa, no final das contas, é ter o hábito de ler.