De volta ao nosso lugar;

Estava destinada a esquecer-te e para isso acontecer, precisaria ir para longe. Deixar-te para trás e levar somente o que me fosse necessário. Uma mochila com as roupas que não tivessem teu perfume impregnado, mas recordei-me que havia tocado e marcado tudo, então prossegui assim mesmo, sem nenhuma bagagem nas costas. Sozinha. E só conseguia lembrar-me da tua voz cantando quando fugíamos para nos divertir na Chapada dos Veadeiros:
Me apresentara aquele lugar lindo e ainda dizias que fora feito para mim, pois possuía meu nome “Cachoeira de Santa Bárbara”. Na primeira vez que me dissera aquilo ri alto e te acusei de mentiroso, até comprovar com o guia ficando toda sem graça e tu com o teu sorriso de deboche e satisfação.

E por diversas vezes distanciava-te só para me admirar, eu fingia não perceber só para me envaidecer. Gostava do teu olhar vigiando-me, enquanto vislumbrava a água azul, o cerrado e as árvores contorcidas para florescerem junto à cachoeira, e o misto de sons de pássaros e água batendo de encontro as pedras.

Agora, estava indo para o mesmo local para amenizar a solidão e sentir-me vigiada por alguém que se fazia de invisível. As lágrimas podiam fazer-se presentes, enquanto a água cristalina banhava meu corpo. E eu poderia gritar e ouvir o eco dos “eu te amos” que eclodiam de minha garganta e retornavam a mim. Só queria estar ali para, literalmente, afogar o amor que pesava em meu peito.

Não poderia voltar agarrada a tua cintura como fazia, mas voltaria recarregada. Assim como viagens inesquecíveis, pequenos recantos ainda te trariam a mim e o toda a essência do que é o amor.

*Foto com link - créditos

13 comentários:

  1. Essa imagem dá vontade de entrar nela
    ahuahauhu

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  2. Aqui onde moro existem várias pequenas cachoeiras, mas não gosto muito. São muito frias e escorregadias (tenho medo), mas o barulhinho é muito relaxante.

    Ah! Não acho que você tenha levado a mal minha ironia sobre o livro, mas vale esclarescer: Não tive a intenção de ser sarcástica, foi só uma observação. Não me ligo muito nessa modinha 'vampiresca', mas respeito muito quem gosta.

    Enfim, muito obrigada por estar comentando lá no meu brogui.

    Beijos!

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  3. Gostei do seu texto. A imagem também é linda!
    Beijos.

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  4. Para esquecer melhor mesmo é ver os locais sem a parte que quer esquecer. Neste caso reviver como se tivesse remontando, apagando uma parte ou apenas guardando-a num lugar bem escondido.

    :)

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  5. A foto está muito legal, transmite tranquilidade e uma paz enorme.

    Beijujubas

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  6. Nossa, Babizinha, ganhaste a parada (blorkutando)!
    Ficou lindíssima essa postagem, amei.
    Cheia de romantismo, emoção e beleza.
    A imagem é mais do que linda.

    Lê meu comentário na postagem anterior a essa, te fiz uma pergunta lá.

    Beijo.

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  7. Oie...^

    Que texto lindooo...
    Quando partilhamos um lugar especial com alguem que amamos e depois voltamos lá sozinha,isso pode nos trazer momentos bons ou ruins...
    Ruins porque se ainda não superamos a separação,voltar no lugar só vai nos fazer lembrar da perda,sofrimento...
    Bons porque depois de superado,o lugar partilhado traz lembranças de quão bom foram aqueles momentos...

    Gostei da tua lista de livros...eu já li tantos que tem alguns que nem lembro o nome.
    Quando dá eu leio os da série crepúsculo(ja li crepusculo e lua nova) e house of night(marcada)amoooo os 2.

    Vc postou uma resenha de um livro diários de vampiro,parece otimo,vou ver se consigo ler...

    Seu blog é lindo!!!
    To te seguindo...
    Obrigado pela visitinha que fez!!!

    bjs até
    ^^

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  8. Não, eu não tinha comentado em outros posts sobre ser atleta paraolímpica. Aproveitei a deixa do 'Rio 2016'.
    Porque, tipo, gosto de ser mais vista e reconhecida pela atleta que sou, sabe?
    Por meu esforço dentro d'água, por querer melhores marcas, por ser atleta antes de ser deficiente.
    A maior parte da sociedade, infelizmente, vê os atletas paraolímpicos SÓ como exemplo de vida e de superação. Enfim, vê o deficiente só como uma pessoinha, fofinha (opa! nem todos veem nós como fofinhos e bonitinhos...), que supera suas deficiazinhas e, assim, ganha um espaçozinho (isso é, se a sociedade quiser abrir... mas, no meu caso, precisa nem abrir que eu tô passando mesmo assim, hahaha!).
    Tipo, o movimento paraolímpico cresceu muito e evoluiu mais ainda. O Brasil, não sei se você sabe, pode ser considerado uma potência paraolímpico. Não sei se a maioria, mas grande parte dos recordistas e maiores medalhistas são brasileiros.
    Se você o número de medalhas nas paraolimpíadas e nos jogos parapanamericanos são gritantes e a colocação do Brasil a cada vez melhora.
    Enfim, eu me orgulho de ser uma atleta paraolímpica (de ser dEFICIENTE), de quebrar barreiras e levar esse meu sonho adiante.
    Todo mundo é capaz de ser exemplo de vida, de se superar, de ser o que se propuser a ser.
    As maiores limitações estão na nossa mente.
    Por isso que meu corpo é livre!

    Eita! Me empolguei muito agora. Bem, se tu quiseres, depois de ler, pode excluir o comentário, tá?
    Foi só um desabafo. Não sei nem se fui grossa contigo. Se fui, me desculpa. É que realmente eu ainda sonho com o dia que a sociedade olhará o deficiente sem reservas e como ser humano qualquer, que tem um coração e pode chegar onde bem quiser (rimei sem intenção agora, juro!).

    Beijo, querida.
    E, mais uma vez, desculpa se fui estúpida ou grossa, é que eu me empolgo quando falo desses assuntos.

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  9. Belo texto, me fez pensar e quando penso, logo, existo, e existir é mto bom, adorei seu espaço, uma página mto boa de se estar, visitar, permanecer, bjos, bjos, bjoss

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  10. oi amr,
    tem selinho pra ti no blog passa pra pegar ;)
    beijos ;*

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  11. muito bom texto, imagem perfeita, rs
    Que alcances as pedras mais altas, rs
    bons dias

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